Monday, November 10, 2008

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mãos as quantas, nem sei
desfiz-me surpreso
mãos
que apertam (surdas)
o peito, que ofuscam
nutrem-se dos ardores
mãos
ocas, que só passeiam
percorrem, oco do mundo
incontáveis
inconstância
ânsia, sentí
sentí calor, suor
um tão pecaminoso pavor
amor!,
dias então
esses dias nossos tão iguais.

08 de novembro de 2008

1 comment:

Paulo Ramos said...

Palavras brancas, qual pombas
a depositar suas penas em meu
sangue que não para de correr
sobre o lençol bordado, pelas
lembranças perdidas no tempo.